segunda-feira, 5 de março de 2012

QUAL É O SEU FRUTO?


"Pois no passado éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Assim, andai como filhos da luz (pois o fruto da luz está em toda bondade, justiça e verdade),” (Ef 5.8-9). O apóstolo Paulo escreveu da prisão algumas de suas epístolas, inclusive aos Efésios, que possui algumas particularidades que a caracterizam como uma carta circular, talvez provida de várias cópias que chegaram a diversas comunidades cristãs. Esta epístola traz duas seções bem definidas, a primeira de caráter doutrinário (1.3-3.21), e a segunda com exortações éticas (4.1-6.20).

O comportamento de uma pessoa diz muito sobre quem ela é e Jesus já havia ensinado que conheceríamos uma árvore por seus frutos (Mt 7.16-20). Acima, Paulo diz que o fruto dos filhos da luz, que já não são mais trevas, está em toda bondade, justiça e verdade. Não quero jogar areia no ventilador, mas conheço “crentes”, que não são poucos, que não demonstram o devido cuidado com a sua vida espiritual, consequentemente produzindo frutos questionáveis. O nosso comportamento é resultado da qualidade da nossa relação com Deus e só podemos amar o nosso próximo se primeiro amarmos a Deus sobre todas as coisas (Jo 14.21).

Não podemos iniciar uma jornada se antes não deflagrarmos em nós a vontade para empreendê-la. Não caminhamos com Cristo por obrigação, mas por livre e espontânea vontade e nesta caminhada Jesus ajusta as nossas passadas e direciona o objetivo dela conforme nos entregamos a Ele. O apóstolo Paulo nos deixou o imperativo “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1Co 11.1), e este versículo denuncia em seu contexto a desigualdade e o desrespeito presentes no seio da Igreja em Corinto, o que é reprovável. Algo positivo só poderá ser evidenciado se houver uma transformação essencial.

Uma árvore só produzirá frutos que correspondam àquilo que ela é: “Quem não está comigo, está contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mt 12.30). Quando presto atenção no comportamento de alguns “crentes” me pergunto se eles realmente são crentes de verdade, ou se estão negligenciando a sua relação com Cristo. Jesus nos deixou alertas quanto à presença do joio no meio do povo de Deus (Mt 13.24-30), porém, nos entristece quando um crente perde a alegria da salvação e passa a viver como os ímpios, não cuidando do seu relacionamento com o Salvador, afinal a salvação não é um fato perdido no tempo, ela também se desenvolve no tempo. É necessário voltar ao local da queda e retomar a carreira proposta, pois para cada um daqueles que se encontram com Cristo há um novo e vivo caminho. O Evangelho se renova dia a dia, o que torna a vida cristã dinâmica, interessante, edificante e responsável.

O cuidado no relacionamento com Deus vale para o crente na sua particularidade, para o seu crescimento espiritual, cujo comportamento vai impactar positivamente os seus irmãos e os incrédulos também, pois somos embaixadores de Cristo na terra e temos de honrar o seu santo nome no meio de uma geração corrompida e as nossas atitudes corretas falam bem alto.

Pr. Flávio Bini Bortoloti – flaviobinib@gmail.com
Lutando contra si mesmo, sob o poder do Espírito Santo, para a produção de frutos dignos de Cristo

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